domingo, 25 de dezembro de 2011

Medo de Dentista

Sem Medo de Dentista

O tratamento dentário sempre causou muito medo às pessoas.
O equipamento, os instrumentais, os aparelhos usados antigamente causavam, no mínimo, um desconforto grande ao paciente, isto sem dizer da dor propriamente.
Não havia agulhas descartáveis. As utilizadas, precisavam ter grosso calibre para poderem suportar as diversas vezes em que eram desinfetadas nos ebulidores. Ao se aplicar uma anestesia, portanto, com uma agulha destas, é evidente que se traumatizava mais do que o necessário.
Para uma cavidade ser aberta, usava-se a caneta de baixa rotação  (motorzinho) e esta só funcionava bem sob pressão. Além da força, o paciente sentia também o trepidar até mesmo da cabeça toda. Um horror!
Estas práticas todas, comuns para a época, causavam, no entanto, muita dor ao paciente.
E foi assim que se espalhou a notícia de boca em boca: dentista passou a ser sinônimo de DOR.
As mães, por sua vez, alertavam seus pequenos:
"- Se não comer o espinafre com jiló, te levo ao dentista prá ele arrancar teu dente!"

O Desconhecido
O paciente, criança ou adulto, vinha então ao consultório como quem vai para o matadouro. Certo, absolutamente certo que ia sofrer.
Este conceito foi se efetivando pelos motivos citados anteriormente e também porque, isto em especial para crianças, o consultório de um dentista, com todos aqueles equipamentos, todos aqueles instrumentais, tudo tão grande, tão atemorizante, representava o desconhecido e nós temos sempre medo do desconhecido!
Quando este desconhecido se torna conhecido, o medo desaparece (ou diminui muito).
Todo cirurgião-dentista  teve oportunidade de atender (ou deixar de atender...) um paciente que sofre de “medo de dentista”.
Um certo receio é até cultural na nossa população. A maior parte das pessoas o tem.  No entanto de 4 a 8% da população tem autêntico pavor do atendimento odontológico, com conseqüências desastrosas para a saúde bucal. Problemas de canal, de gengivas e outros comprometem a saúde dessas pessoas como um todo. O medo reforça a sensação subjetiva de dor, que “confirma” a sensação de medo. 

Medo de DentistaPara alguns a consulta odontológica é um verdadeiro pesadelo, que vai além de um simples desconforto. O profissional também precisa controlar a ansiedade e o estresse despertados pela tensão do paciente
Pinças, brocas, alicates, seringas e agulhas...    E ainda os preparados de sabor ruim. À primeira vista, todos esses instrumentos e materiais não parecem   oferecer bons prenúncios.   Talvez   por isso, ir ao dentista seja  uma  daquelas    tarefas   que,  com prazer,   deixaríamos de fazer,  se  fosse  possível.  Se  a  maioria  sente desconforto em algum nível ao programar tratamentos o dontológicos,  para  alguns  a cadeira reclinada causa verdadeira fobia. E às vezes o sofrimento começa antes mesmo  de a pessoa entrar  no   consultório.  Mas o paciente  não  é  o  único a sofrer:  o  dentista  enfrenta  a   própria ansiedade.   E  entre  todas  as  profissões   da área médica talvez seja  a  menos  “poética”: além de passar o dia todo com as  mãos   na    boca   dos  outros, o  profissional  ainda precisa  ajudar os pacientes a superar seus pavores.
O dado mais preocupante é o que diz respeito aos odontofóbicos, aqueles que nem cogitam marcar uma hora com o dentista: representam 10% da população. Essas pessoas adiam mil vezes as consultas, chegam a ir até a porta do consultório, mas dão meia-volta.  E, enquanto o número de simples ansiosos tende a diminuir (eram mais da metade da população adulta há algumas décadas), parece que o dos que sofrem de fobia se mantém estável. “O medo do dentista é um dos principais motivos que afastam os pacientes dos tratamentos”, afirma Antonio Carrassi, professor da Universidade de Milão, especialista em patologias odontológicas. Segundo ele, mais de 40% daqueles que, embora tenham acesso aos tratamentos odontológicos, não se submetem a essa terapêutica periodicamente, reconhecem que o principal motivo dessa atitude é o medo do dentista.
E as consequências são relevantes: uma pesquisa norueguesa publicada na revista Community Dentistry and Oral Epidemiology analisou o impacto da odontofobia na saúde bucal. O quadro é desencorajador: pessoas que sofrem com o problema apresentam incidência de cáries, placas de tártaro, patologias gengivais, perda de dentes e abscessos de forma nitidamente superior à média. O estudo também confirmou uma progressão linear já esperada: quanto maior o medo do dentista, maior a tendência a adiar a consulta, com evidentes consequências para a saúde bucal.
Hoje em dia, graças ao avanço da tecnologia e da ciência,  podemos lançar mão ao que há de melhor na área  odontológica.  São os tempos modernos! Com a consciência mais acolhedora, podemos receber nossos pacientes com mais carinho e enxergá-lo como um ser humano completo e necessitado de ajuda nas suas mais diversas áreas. Existem hoje em dia, materiais e métodos que são praticamente indolores pra não dizer completamente.  Existem técnicas de anestesia totalmente indolor, procedimentos restauradores estéticos com rapidez e ótimo sucesso clínico, técnicas clínico-operatórias que proporcionam harmonia inigualável ao sorriso, como: correções ortodônticas, através de aparelhos fixos e removíveis, bem como os aparelhos ortopédicos, clareamento a laser ou caseiro (supervisionado pelo dentista), estética em porcelana, implantes dentários altamente estéticos, entre outras coisas. Tudo de forma planejada, confortável, rápida e com o máximo de eficiência.
São os bons tempos!
Todo tratamento na cavidade oral, deve ser precedido de uma criteriosa avalição, discussão do caso e cooperação do paciente ao tratamento. Pode-se oferecer tratamentos com as mais variadas técnicas, porém, o mais importante de tudo, é a boa relação entre o paciente e seu dentista. Tudo deve ser muito bem explicado para que seja diminuida a distância afetiva que separa o profissional daquele que o procura.

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